segunda-feira, 2 de agosto de 2010

EM BREVE: PADRONIZAÇÃO DAS NORMAS DE SEGURANÇA EM CIRURGIA PLASTICA

JORNAL ZERO HORA – 15/04/2010 - GERAL

GUIA ORIENTARÁ CIRURGIAS PLÁSTICAS

DOCUMENTO, QUE DEVERÁ SER PUBLICADO ATÉ DEZEMBRO, TENTA AMPLIAR AS REGRAS DE SEGURANÇA NAS INTERVENÇÕES ESTÉTICAS NO PAÍS

As três mortes de pacientes no Brasil este ano aceleram a criação do Guia do Cirurgião Plástico, um documento em elaboração pela Sociedade Brasileira de Cirurgia plástica (SBCP) que chegará � s mãos dos médicos até dezembro.

A idéia da cartilha é padronizar normas de segurança, que deverão orientaros 4.779 integrantes da associação.

A promotora de eventos gaúcha Livia Ulguim Marcello, 29 anos, que morreu em 24 de Março quando era submetida a uma plástica, na Capital, é uma das três vítimas. Lívia passou mal em meio aos procedimentos de lipoaspiração e de colocação de silicone nos seios na Clínica Heller, no bairro Santa Tereza.

As três mortes levaram a sociedade a apressar a criação do guia, que já estava nos nossos planos . A Organização Mundial da Saúde e o Conselho Federal de Medicina, inclusive, defendem a existência de normas – diz Sebastião Nelson Edy Guerra, presidente da SBCP

Mesmo confeccionado pela SBCP, os médicos não serão obrigados a seguir as orientações contidas no documento. Mas, adverte Guerra, na hipótese de uma fatalidade, a entidade só irá apoiar aqueles profissionais que tiverem seguido as recomendações da cartilha.

Ela será utilizada para aumentar a segurança dos pacientes, complementa Guerra.

Entre normas em debate, estão o estabelecimento de limites para associação de diferentes intervenções em um só procedimento, a definição de um tempo máximo seguro para uma cirurgia, a exigência de exames pré-operatórios e o estabelecimento de idade mínima para as pacientes.

Fenômeno em expansão numa sociedade que cultura e beleza, as plásticas são realizadas aos milhares, todos os meses. Apenas no ano passado, 700 mil procedimentos foram contabilizados no país. A sociedade não dispõe de dados por Estado, mas sabe-se que o Rio Grande do Sul é o quarto no ranking nacional, perdendo apenas para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Tomadas todas as precauções contidas na cartilha, as chances de haver um episódio desagradável, que já são pequenas, tornam-se ainda menores, diz Pedro Martins, chefe de Cirurgia Plástica da Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e um dos diretores da SBCP.

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