sábado, 15 de janeiro de 2011

Cigarro vs Cirurgia Plástica




Faz parte da rotina do cirurgião plástico a pergunta: “Mas doutor, vou ter que parar de fumar para fazer a cirurgia?”
Inegáveis e inúmeros são os malefícios do cigarro, mas vamos nos ater ao universo da cirurgia plástica. O cigarro prejudica a cicatrização de várias formas. Aumenta também o risco de complicações com anestesia. A recuperação é mais lenta e sujeita a inúmeros contratempos.
Sendo assim, eu freqüentemente me intrigo com a pergunta: “Não parece paradoxal o fumante se preocupar mais com o aspecto exterior em detrimento da saúde global?”
Algumas cirurgias plásticas são mais prejudicadas pelo cigarro. Dentre elas destacamos a plástica facial e abdominal (dermolipectomia).
Recomenda-se que o cigarro seja suspenso, no mínimo, 3 a 4 semanas antes do procedimento e, se possível, algumas semanas após o mesmo.
Também é comum a frase: “Eu não me importo com os riscos, preciso melhorar”. A única interpretação desta frase é que, quem a diz, não conhece realmente todos os riscos.
Enquanto cirurgião plástico, entendo o anseio pela melhora estética. Mas antes de tudo, somos médicos. Não podemos perder esta grande oportunidade de melhorar a vida do paciente.
Cigarro e cirurgia plástica não combinam. Aliás, cigarro combina com alguma coisa? Está bem fora de moda ultimamente...

Um comentário:

  1. Concordo plenamente, cigarro e saúde ou cigarro e bem estar de forma geral não combinam... parabéns pela abordagem desse tema.

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